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Título: Avaliação da efetividade da atenção farmacêutica no controle da hipertensão arterial.
Autor(es): Cid, Annaline Stiegert
Orientador(es): Coelho, George Luiz Lins Machado
Palavras-chave: Farmácia
Hipertensão arterial
Data do documento: 2008
Editora / Evento / Instituição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Referência: CID, A. S. Avaliação da efetividade da atenção farmacêutica no controle da hipertensão arterial. 2008. 167 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008.
Resumo: Introdução: Com o aumento do número de medicamentos disponíveis, após o crescimento da indústria farmacêutica, o incentivo ao uso racional de medicamentos foi dificultado. O uso indiscriminado dos medicamentos acarreta uma série de conseqüências para o paciente, como reações adversas aos medicamentos, agravamento do quadro de saúde, hospitalizações entre outros (CIPOLLE et al.2004; HEPLER & SEGAL, 2003). O processo de busca da otimização dos resultados farmacoterapêuticos traduziu-se na atenção farmacêutica definida como o cuidado centrado no paciente, no qual os praticantes assumem a responsabilidade pela farmacoterapia dos pacientes (CIPOLLE et al. 2004). Os pacientes com hipertensão arterial, apresentam, na maioria das vezes um baixo índice de sucesso terapêutico, dados da literatura indicam que apenas 34% dos pacientes hipertensos tratados controlam seus valores da pressão arterial (NHI, 2004). A hipertensão arterial apresenta elevado custo médico-social por ser um dos mais importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares, sendo essas responsáveis por um terço das mortes no mundo (SBC/SBH/SBN, 2006; Le WINGTHON et al., 2002). Ensaios clínicos demonstram que o tratamento farmacológico da hipertensão arterial pode reduzir o risco de AVC em 30 a 43% e o infarto agudo do miocárdio em 15%, e a redução em 5 mmHg na pressão arterial sistólica contribui para a redução de 14% nas taxas de mortalidade por AVC e 9% das causas de enfermidades cardíacas (NHI, 2004). Objetivo geral: Avaliar a efetividade da atenção farmacêutica no controle pressórico de pacientes que apresentam hipertensão arterial sistêmica não controlada. Metodologia: Estudo experimental, randomizado, controlado, pareado por sexo e idade e aberto. A taxonomia para dos problemas relacionados com os medicamentos (PRM) segue a adotada pelo projeto de Minnessota, adaptado por Gutierrez e cols. Foram avaliados 222 pacientes, por seis meses, divididos em dois grupos, controle (103 pacientes) e intervenção (119 pacientes). No método, o processo de atenção é composto por três componentes: avaliação, plano de atenção e seguimentos, que foram rigorosamente documentados por questionários elaborados pelos pesquisadores. As informações foram analisadas para identificação dos PRM reais e/ou potenciais. Elaboraram-se os planos de atenção com as devidas intervenções. O paciente foi avaliado quanto à evolução das metas terapêuticas propostas e sempre que necessário, o médico responsável foi comunicado por meio de cartas entregues pelo paciente. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas nos hábitos de vida entre os pacientes dos grupos controle e intervenção. Em relação aos fatores de risco para a hipertensão arterial, o único parâmetro que apresentou queda significativa entre os grupos controle e intervenção foi a medida da circunferência da cintura (0,7 cm versus 44,3 cm). No início do estudo foi encontrada uma média de 1,76 PRM por paciente do grupo controle e 1,86 PRM por paciente do grupo intervenção. A maioria dos PRM encontrados no grupo intervenção estava relacionada com a conveniência (73,22%), seguida por segurança (14,75%), indicação (8,74%) e efetividade (3,28%). No grupo controle, os PRMs mais encontrados também relacionavam-se com a conveniência (53,71%), seguido por segurança (17,47%), efetividade (16,60%) e indicação (12,23%). Ao final dos seis meses de acompanhamento, os pacientes, do grupo intervenção apresentaram 99,1% dos seus PRM resolvidos. Quanto ao controle da pressão arterial, a atenção farmacêutica se mostrou efetiva ao controlar os valores da pressão arterial dos pacientes nos estágios I e III da hipertensão arterial. Ao final do estudo, dos pacientes do grupo intervenção, 90,1% apresentaram seus valores da pressão arterial dentro do considerado normal pelas V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, o que ocorreu com aproximadamente 10,5 % dos pacientes do grupo controle. A queda, em mmHg, apresentada pelos pacientes do grupo controle foi 4,27 mmHg e, nos pacientes do grupo intervenção, 28,5 mmHg. A avaliação da satisfação dos pacientes do grupo intervenção com os serviços de atenção farmacêutica mostrou que a satisfação média dos pacientes, numa escala de 8-40 pontos, foi de 38 pontos. Conclusão: A análise dos dados mostrou a efetividade da atenção farmacêutica no controle da pressão arterial, na redução, em mmHg, dos valores da pressão arterial sistólica e diastólica e na resolução de PRM, todavia, não foi efetiva para promover modificações nos hábitos de vida destes pacientes, nas condições estabelecidas para a realização deste trabalho e considerando as limitações do estudo.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2139
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