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Título: Efeito da dolomita na flotação catiônica reversa de minério de ferro com o coletor amida-amina.
Autor(es): Correa, Amélia de Souza
Orientador(es): Lima, Rosa Malena Fernandes
Palavras-chave: Beneficiamento de minério
Flotação - coletores
Minério de ferro
Amida-amina
Dolomita
Data do documento: 2022
Membros da banca: Lima, Rosa Malena Fernandes
Ferreira, Eliomar Evaristo
Lima, Neymayer Pereira
Referência: CORREA, Amélia de Souza. Efeito da dolomita na flotação catiônica reversa de minério de ferro com o coletor amida-amina. 2022. 107 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mineral) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: Os contatos entre os itabiritos silicatados e os dolomíticos, tem sido a realidade da atividade de extração mineral no Quadrilátero Ferrífero, apresentando aumento gradativo do teor de carbonatos na ganga destes minérios. Por essa razão, faz-se necessário o aprimoramento da rota de flotação catiônica reversa para a concentração destes minérios de transição, uma vez que os carbonatos (calcita e dolomita) por serem minerais levemente solúveis liberam íons em meio aquosa, levando à perda de seletividade na separação entre os minerais de ferro e o quartzo. Como forma de melhorar a seletividade entre os minerais, a pesquisa de novos regentes é essencial. Este trabalho teve como foco avaliar o uso da amida-amina (Flotinor 10118) como coletor de ganga silicatada na flotação catiônica reversa de minério de ferro contendo dolomita. Foram realizados ensaios de microflotação e potencial eletrocinético para avaliar as propriedades de superfície do quartzo e hematita na presença de íons Ca e Mg e da dolomita. Nos ensaios de microflotação, observou-se elevada flotabilidade (>90%) do quartzo com amida-amina na presença íons Ca e Mg, porém estafoi reduzida para cerca de 30% na presença de amido. A hematita teve a flotabilidade extremamente baixa (<30%) na presença dos íons, mesmo na ausência de amido (<5%), comumente utilizado para a depressão deste mineral. A flotabilidade da dolomita também mostrou valores abaixo de 30% somente com amida-amina e <8% com o uso de amido. O potencial eletrocinético dos minerais quartzo e hematita se tornou menos negativo na presença de íons, devido à adsorção dos íons. Na presença de amida-amina o potencial do quartzo e hematita tornou positivo em pH 8, pois as cadeias hidrocarbônicas das espécies iônicas formaram ligações de van der Walls, com os íons previamente adsorvidos eletrostaticamente, além da precipitação de espécies moleculares e iônicas na interface sólido-líquido. Os ensaios de flotação em bancada com amostra artificial de minério de ferro, contendo dolomita (2,5 e 10%) e minério de Brucutu (97,5 e 90%) revelaram baixa qualidade do concentrado em pH 8 e 10,5 (~42% de Fe, teor similar ao da alimentação) e altas recuperações (>95%), onde foi observado a não ocorrência da flotação, com o uso apenas de amida-amina. Porém, melhores resultados foram obtidos em pH 8, com a adição de amido (~58% Fe e 13% SiO2 no concentrado). No entanto, ensaios complementares de flotação em bancada mostram a necessidade do uso de amido (pelo menos 200 g/t), dosagem menor que as praticadas na indústria para concentrar esse tipo de minério.
Resumo em outra língua: Contacts of silicate and dolomitic itabirites have been the reality of mineral extraction activity in the Quadrilátero Ferrífero, showing a gradual increase in the carbonate grade in the gangue of these. For this reason, it is necessary to improve the reverse cationic flotation route for the concentration of these transition ores, since carbonates (calcite and dolomite) are slightly soluble minerals, releasing ions in aqueous solution, leading to a loss of selectivity in the separation between iron minerals and quartz. As a way to improve selectivity among minerals, the search for new regents is essential. This work focused on evaluating of the use of amide-amine (Flotinor 10118) as a silicate gangue collector in the reverse cationic flotation of iron ore containing dolomite. Microflotation and zeta potential tests were performed to evaluate the surface properties of quartz and hematite in the presence of Ca and Mg ions and dolomite. In the microflotation tests, it was observed high recovery (>90%) of quartz with amide-amine in the presence of Ca and Mg ions, but this was reduced to about 30% in the presence of starch. Hematite had extremely low recovery (<30%) in the presence of ions, even in the absence of starch (<5%), commonly used for the depression of this mineral. The recovery of dolomite also showed values below 30% with amide-amine only and <8% with the use of starch. The zeta potential of quartz and hematite minerals became less negative in the presence of ions, due to the adsorption of ions. In the presence of amide-amine, the potential of quartz and hematite became positive at pH 8, as the hydrocarbon chains of the ionic species formed van der Walls bonds, with the ions previously adsorbed electrostatically, in addition to the precipitation of molecular and ionic species at the solid interface solid/liquid. The bench flotation tests with an artificial sample of iron ore, containing dolomite (2.5 and 10%) and Brucutu ore (97.5 and 90%) revealed low quality of the concentrate at pH 8 and 10.5 (~ 42% Fe, similar grade to the feed) and high recoveries (>95%), where it was observed that flotation did not occur, with the use of amide-amine only. However, better results were obtained at pH 8, with the addition of starch (~58% Fe and 13% SiO2 in the concentrate). However, additional bench flotation tests show the need to use starch (at least 200 g/t), a lower dosage than those practiced in the industry to concentrate this type of ore.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/16079
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