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Título: Estudo estrutural, textural e geoquímico dos hematititos da Mina do Pico e arredores, Itabirito – Quadrilátero Ferrífero – MG.
Autor(es): Dadalto, Ráyna Durão
Orientador(es): Nalini Júnior, Hermínio Arias
Endo, Issamu
Gonçalves, Cristiane Paula de Castro
Palavras-chave: Quadrilátero Ferrífero - MG
Minério de ferro - hematitos
Geoquímica
Data do documento: 2022
Membros da banca: Nalini Júnior, Hermínio Arias
Rios, Francisco Javier
Melo, Gustavo Henrique Coelho de
Referência: DADALTO, Ráyna Durão. Estudo estrutural, textural e geoquímico dos hematititos da Mina do Pico e arredores, Itabirito – Quadrilátero Ferrífero – MG. 2022. 145 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2022.
Resumo: A Mina do Pico está localizada no município de Itabirito, no estado de Minas Gerais, Brasil, no flanco leste do Sinclinal Moeda e está inserida na Província Mineral do Quadrilátero Ferrífero. A região é rica em minério de ferro, e os corpos hipogênicos são caracterizados pelos hematititos, denominados comercialmente de hematita compacta, tendo grande importância econômica devido ao seu elevado teor em ferro. Este minério está alojado nos itabiritos da Formação Cauê, a unidade Paleoproterozóica do Supergrupo Minas, depositada entre 2,58 e 2,42 Ga. Observa-se na Mina do Pico e arredores que os corpos de hematititos ocorrem de forma discordante ao bandamento composicional do itabirito, constituindo volumes significativos desse minério bem como como bandas ou lâminas de espessura milimétrica no itabirito, ou seja, subparalelas ao bandamento composicional. Estudos anteriores chegaram à conclusão de que houve ação de fluidos hidrotermais nos itabiritos da Formação Cauê, que teriam sido responsáveis pela reconcentração e enriquecimento de óxidos de ferro nessas rochas. Este trabalho teve como objetivo geral caracterizar geneticamente estes hematititos estudando a relação estrutural, a petrografia e a geoquímica dos corpos de hematititos e as bandas ou lâminas de hematititos nos itabiritos, com o intuito de confirmar a ação dos fluidos hidrotermais na gênese dessas rochas e caracterizar o controle estrutural dos corpos. Para isso foram realizados trabalhos de campo para estudo das relações estruturais entre os diversos litotipos da Formação Cauê. Foram realizados estudos petrográficos ao microscópio ótico e ao Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), e análises via ICP-OES, ICP-MS e titulometria com K2Cr2O7 para obtenção dos elementos maiores, menores e traços (incluindo ETR +Y), Fe2+ e Fe3+. Nos trabalhos de campo foram levantadas as relações estruturais e medidas as atitudes de bandamento composicional, xistosidade e lineações de intersecção (S0xSn) e mineral. Através de análises petrográficas e geoquímicas, observou-se que os itabiritos são essencialmente compostos por óxidos de ferro e quartzo (SiO2), e os hematititos discordantes do bandamento composicional do itabirito é composto quase inteiramente por óxidos de ferro, onde a magnetita já teria sido quase completamente transformada em hematita microcristalina ou tabular. Além disso, a geoquímica também forneceu outras informações importantes, tais como a anomalia positiva de Eu em gráficos multielementares de ETR + Y, corroborando a ação dos fluidos hidrotermais. Os fluidos teriam atuado tanto nas bandas de óxidos de ferro dos itabiritos quanto nos corpos de hematititos discordantes do bandamento composicional do itabirito, uma vez que não foram observadas grandes diferenças texturais e geoquímicas entre eles. As observações estruturais de campo, fotointerpretação de imagens de relevo sombreado e dados geofísicos (magnetométricos) combinados com dados petrográficos e geoquímicos permitiram propor um modelo genético-estrutural para a formação dos corpos megascópicos de hematitito, associada a estruturas do tipo pull-apart nucleadas em sistema transtrativo sinistral controlado por duas falhas (Cata Branca e Pau Branco) de direção NW-SE. Essas falhas correspondem a reativação de descontinuidades crustais preenchidas por diques máficos de idade 1,7 Ga. Subsidiariamente, ocorrem corpos de hematititos no entrado de diques máficos dobrados, sugerindo que essas falhas devem ter agido como condutos para o fluido hidrotermal durante a xvi reativação Brasiliana. Adicionalmente, os fluidos hidrotermais teriam agido também ao longo das anisotropias reativadas, bandamento composicional dos itabiritos, transformando-as mineralógica e texturalmente, concentrando ainda mais as hematitas formando bandas ou lâminas de hematitito. Foram definidos dois tipos de minério de ferro hipogênico na região da Mina do Pico: Depósito de Minério de Ferro Bandado (Banded Iron Ore Deposits - BID) e o Depósito de Minério de Ferro Maciço (Massive Iron Ore Deposits - MID).
Resumo em outra língua: The Pico mine, is located in Itabirito town, in the state of Minas Gerais, Brazil, on the east limb of the Moeda Syncline and it is inserted in the Quadrilátero Ferrífero (Iron Quadrangle) Mineral Province. The region is rich in iron ore, and the hypogene bodies are characterized by hard hematite, commercially called compact hematite, that have great economic importance due to its high iron content. This ore is hosted in the itabirites of the Cauê Formation, the Paleoproterozoic unit of the Minas Supergroup, deposited between 2.58 and 2.42 Ga. It is observed in and around the Pico Mine that the hard hematite bodies occur discordantly to the compositional banding of the itabirite, constituting significant volumes of this ore as well as millimeter-thick bands or sheets in the itabirite, i.e., subparallel to the compositional banding. Previous studies have concluded that there was hydrothermal fluid action in the itabirites of the Cauê Formation, which would have been responsible for the iron oxides reconcentration and enrichment in these rocks. This work had as general objective to characterize genetically these hard hematites studying the structural, petrography and geochemistry of the hard hematite bodies and the hematite bands or sheets in the itabirites, in order to confirm the action of hydrothermal fluids in the genesis of these rocks and to characterize the structural control. Petrographic studies were realized by optical microscope and Scanning Electron Microscope (SEM), and analyses via ICP-OES, ICP-MS and titrimetry with K2Cr2O7 were used to obtain major, minor and trace elements (including REE +Y), Fe2+ and Fe3+. In the fieldwork, structural relationships were observed and structures measurements were taken, mainly attitudes of the banding, schistosity, intersection (S0xSn) and mineral lineations. The purpose of this work was to genetically characterize this hypogene hard hematite. Through petrographic and geochemical analyses, it was observed that itabirites are essentially composed of iron oxides and quartz, and hard hematite discordant with the itabirite banding is composed almost entirely of iron oxides, where magnetite has already been almost completely replaced by microcrystalline or tabular hematite. In addition, the geochemistry also provided other important information such as the positive Eu anomaly in multielemental plots of REE + Y, corroborating the action of hydrothermal fluids. The fluids would have acted both in discordant hard hematite and in the iron oxide bands of the itabirites, since no major textural and geochemical differences were observed between them. The structural field observations, photointerpretation of hillshade images and geophysical data (magnetometrics), combined with petrographic and geochemical data allowed us to propose a genetic-structural model for the formation of the megascopic hard hematite bodies, associated with pull-apart structures nucleated in a sinistral transtractive system controlled by two NW-SE-directed faults (Cata Branca and Pau Branco). These faults correspond to reactivation of crustal discontinuities filled by mafic dykes of age 1.7 Ga. Subsidiarily, hard hematite bodies occur in the inner arc of folded mafic dikes, suggesting that these faults must have acted as conduits for the hydrothermal fluid during the Brasiliano reactivation. Additionally, hydrothermal fluids would have also acted along the reactivated anisotropies, compositional banding of the itabirites, transforming them mineralogically and texturally, further xviii concentrating the hematite forming hematite bands or sheets. Two types of hypogene iron ore were defined in the Pico Mine region: Banded Iron Ore Deposits (BID) and Massive Iron Ore Deposits (MID).
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/16035
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