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Título: Distúrbios do sono em trabalhadores de turno alternante : validação de método e relação com hipovitaminose D.
Autor(es): Menezes Júnior, Luiz Antônio Alves de
Orientador(es): Meireles, Adriana Lúcia
Nascimento Neto, Raimundo Marques do
Palavras-chave: Distúrbios do sono
Deficiência de vitamina D
Síndromes da apneia do sono
Data do documento: 2020
Membros da banca: Meireles, Adriana Lúcia
Nascimento Neto, Raimundo Marques do
Freitas, Lunara da Silva
Carraro, Júlia Cristina Cardoso
Referência: MENEZES JUNIOR, Luiz Antonio Alves de. Distúrbios do sono em trabalhadores de turno alternante: validação de método e relação com hipovitaminose D. 2020. 123 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2020.
Resumo: Introdução: A jornada laboral em turnos tem sérios impactos na saúde dos trabalhadores devido a dessincronização do sistema circadiano. Como consequências, esses trabalhadores apresentam mais distúrbios do sono e transtornos endócrino-metabólicos relacionados com diversas comorbidades, como obesidade, hipertensão e hipovitaminose D. A vitamina D além de suas funções na homeostase óssea, tem sido implicada em um número crescente de mecanismos fisiológicos, incluindo o sono. Objetivos: Validar um método de avaliação de distúrbios do sono e verificar a relação de distúrbios do sono com os níveis de vitamina D em trabalhadores de turno alternante. Métodos: Estudo de delineamento transversal com trabalhadores de turnos alternantes, adultos do sexo masculino da região do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, realizado nos anos de 2011 e 2012. Foi realizada avaliação antropométrica, clínica e bioquímica, além de questões sociodemográficas, comportamentais e do sono. Avaliação do sono realizada por dois métodos, o exame de polissonografia e o questionário de Berlim (QB). O exame de polissonografia foi realizado durante a noite, de 22:00 horas às 06:00 horas, e avaliado tempo total, latência, eficiência e estágios do sono, além do índice de apneia-hipopneia, movimento periódico de pernas e saturação arterial de oxigênio. O QB foi utilizado como ferramenta indireta para avaliar o risco para apneia obstrutiva do sono (AOS). O estudo foi composto por duas amostras: amostra 1 que foi utilizada para validação do QB (n= 119) e amostra 2 para avaliar a relação dos distúrbios do sono medidos pela polissonografia com os níveis de vitamina D (n= 82). Foi realizada a avaliação da validade do QB original e com alterações na categoria 3 [(QB1 modificado: IMC > 30,0 kg/m²); (QB2 modificado: IMC > 25,0 kg/m²)] para avaliar o risco para AOS em trabalhadores de turno alternante. Para esta etapa, a análise estatística incluiu teste Kappa, análise de curva ROC e análise dos valores diagnósticos. Para avaliar a relação entre os níveis de vitamina D (25(OH)D) e distúrbios do sono, medidos pelo exame de polissonografia, a análise estatística incluiu o teste qui-quadrado de Pearson, ou teste exato de Fisher, para duas variáveis categóricas. E para variáveis contínuas, o teste T de Student ou U de Mann-Whitney, para variáveis com distribuição normal e não normal, respectivamente. Resultados: A amostra total foi composta por 119 trabalhadores com idade mediana de 34 anos. A hipovitaminose D (25(OH)D < 20 ng/mL) foi observada em 23,0% da amostra. Na etapa de validação do QB, 16,8% dos trabalhadores apresentaram alto risco para AOS segundo o QB. O QB2 modificado foi o que obteve melhor acurácia, sensibilidade e especificidade. Avaliando a relação da vitamina D com parâmetros da polissonografia, foi encontrado que indivíduos com hipovitaminose D (25(OHD < 20 ng/mL) apresentaram maior latência e menor eficiência do sono, quando comparados aos trabalhadores com níveis normais desta vitamina (25(OHD > 20 ng/mL). Conclusão: Em trabalhadores de turno alternante, o QB mostrou acurácia reduzida na identificação de pacientes com AOS e deve ser usado com cautela na seleção de pacientes para polissonografia. Ademais, observamos que trabalhadores com hipovitaminose D apresentam maior latência e menor eficiência do sono, do que aqueles com níveis normais desta vitamina.
Resumo em outra língua: Introduction: The shift work has serious impacts on workers' health due to the lack of synchronization of the circadian system. As a consequence, these workers have more sleep disorders and endocrine-metabolic disorders related to several comorbidities, such as obesity, hypertension, and hypovitaminosis D. Vitamin D, in addition to its functions in bone homeostasis, has been implicated in an increasing number of physiological mechanisms, including sleep. Objectives: To validate a method of evaluating sleep disorders and to verify the relationship of these disorders with vitamin D levels in alternating shift workers. Methods: Cross-sectional study with alternating shift workers, male adults from the Quadrilátero Ferrífero region, Minas Gerais, conducted in the years 2011 and 2012. Anthropometric, blood pressure, lipid profile, blood glucose fasting, vitamin D levels, as well as sociodemographic, behavioral, and sleep issues. Sleep assessment was performed using two methods, the polysomnography and the Berlin questionnaire. The polysomnography was performed during the night, from 10:00 pm to 6:00 am, and total time, latency, efficiency, and sleep stages were evaluated, in addition to the apnea-hypopnea index, periodic leg movement and arterial saturation of oxygen. The Berlin questionnaire (BQ) was used as an indirect tool to assess the risk of obstructive sleep apnea (OSA), it presents 11 questions in three categories. The first category consists of questions related to snoring and apneas seen (5 items); the second category assesses fatigue and daytime sleepiness (4 items) and the third is related to the presence of hypertension and obesity (2 items). The study consisted of two samples. Sample 1, to validate the Berlin questionnaire (n = 119), and sample 2, to assess the relationship between sleep disorders measured by polysomnography and vitamin D levels (n = 82). An evaluation of the validity of the original Berlin questionnaire was carried out, with changes in category 3 [(modified BQ1: BMI only > 30,0 kg/m²); (Modified BQ2: BMI only > 25,0 kg/m²)] to assess the risk for sleep apnea (OSA) in alternating shift workers. In this step, the statistical analysis included the Kappa test, ROC curve analysis, and analysis of diagnostic values. To assess the relationship between vitamin D (25(OH)D) levels and sleep disorders, measured by polysomnography, the statistical analysis included Pearson's chi-square test, or Fisher's exact test, for two categorical variables; and for continuous variables, Student's T-test or MannWhitney U test, for variables with parametric and non-parametric distribution, respectively. Results: The total sample consisted of 119 workers with a median age of 34 years. Hypovitaminosis D (25(OH)D < 20 ng/mL) was observed in 23,0% of the sample. In the BQ validation stage, 16,8% of workers were at high risk for sleep apnea according to BQ. The modified BQ2 (using only excess weight in category 3) obtained the best accuracy, sensitivity, and specificity. Evaluating the relationship of vitamin D with polysomnography parameters, we found that individuals with hypovitaminosis D (25(OH)D < 20 ng/mL) had higher sleep latency and less sleep efficiency when compared to workers with normal levels of this vitamin (25(OH)D > 20 ng/mL). Conclusion: In alternating shift workers, the Berlin questionnaire showed reduced accuracy in identifying patients with OSA and should be used with caution in selecting patients for polysomnography. Also, we observed that workers with hypovitaminosis D have higher latency and less sleep efficiency than those with normal levels of this vitamin.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/14739
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 10/03/2022 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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