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Título: Desenvolvimento de implante à base de poliuretano e incorporado de trimetoprima, sulfametoxazol e acetato de dexametasona destinado ao tratamento da toxoplasmose ocular.
Autor(es): Pinto, Luccas Moreira
Orientador(es): Silva, Gisele Rodrigues da
Palavras-chave: Taxoplasmose ocular
Taxoplasma gondii
Olhos - doenças
Data do documento: 2020
Membros da banca: Magalhães, Juliana Teixeira de
Teixeira, Mônica Cristina
Silva, Gisele Rodrigues da
Referência: PINTO, Luccas Moreira. Desenvolvimento de implante à base de poliuretano e incorporado de trimetoprima, sulfametoxazol e acetato de dexametasona destinado ao tratamento da toxoplasmose ocular. 2020. 93 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2020.
Resumo: A toxoplasmose ocular é uma infecção que acomete o segmento posterior do olho provocada pelo Toxoplasma gondii. As lesões retinianas induzidas pelo parasito levam a processos inflamatórios que culminam na redução da acuidade visual ou cegueira. Para tratá-la, medicamentos são administrados por via oral. Entretanto, esses medicamentos não induzem a penetração dos fármacos em doses terapêuticas no segmento posterior do olho. Para sanar a falha na terapia, implantes intraoculares a base de poliuretano e incorporados de trimetoprima, sulfametoxazol e acetato de dexametasona foram desenvolvidos com o intuito de tratar a TO diretamente no local de ação, ultrapassando as limitações dos medicamentos convencionais. Esses implantes foram elaborados por meio da mistura do poliuretano (7 g), trimetoprima (200 µg) e sulfametoxazol (1 g), fármacos antiparasitários, e acetato de dexametasona (400 µg), fármaco anti-inflamatório e imunossupressor. Os sistemas gerados foram caracterizados por espectrometria da região do infravermelho (FTIR) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Estas técnicas permitiram verificar a integridade química dos compostos nos implantes e a dispersão dos fármacos na matriz polimérica amorfa. Desenvolveu-se e validou-se o método por cromatografia líquida de alta eficiência para a quantificação simultânea dos fármacos incorporados e liberados pelos implantes. As condições cromatográficas definidas foram: coluna C18, temperatura de 30 oC, volume de injeção de 10 µL, comprimentos de onda para a detecção para a trimetoprima e sulfametoxazol igual a 240 nm para o acetato de dexametasona igual a 270 nm, e eluição em gradiente utilizando acetonitrila e água purificada (4:1) + trietilamina 0,1 %(p/v) como Fase A, e acetonitrila como Fase B. 100% da Fase A foi mantida por 10 minutos, em seguida 85% da Fase A e 15% da Fase B permaneceram por mais 10 minutos, e finalmente, 100% da Fase A atingiram 22 minutos de corrida. Este método mostrou-se linear, específico, preciso e exato. Realizou-se o estudo de liberação in vitro dos fármacos a partir dos implantes e demonstrou-se que todos os fármacos foram liberados em doses terapêuticas, de forma controlada, por 90 dias consecutivos. Avaliou-se a biocompatibilidade in vitro dos implantes em contato direto com as células ARPE-19, evidenciando-se a viabilidade celular diante dos fármacos liberados pelos implantes e possíveis produtos de degradação do poliuretano. Finalmente, os implantes mostraram-se eficazes em reduzir o número de parasitos T. gondii infectantes das células ARPE-19. Em conclusão, os implantes intraoculares a base de poliuretano e incorporados de trimetoprima, sulfametoxazol e acetato de dexametasona podem representar uma alternativa terapêutica para tratar localmente a toxoplasmose ocular.
Resumo em outra língua: Ocular toxoplasmosis (OT) is an infectious disease that compromises the posterior segment of the eye. The etiologic agent is the Toxoplasma gondii. Retinal lesions induced by the parasite lead to inflammatory processes, and both may lead to the reduction of visual acuity and blindness. Treatments are based on oral drugs. However, these drugs do not penetrate, in therapeutic doses, into the posterior segment of the eye to treat the OT. To improve the treatment of OT, implants based on polyurethane, trimethoprim, sulfamethoxazole, and dexamethasone acetate were developed to improve the conventional therapy. Implants were elaborated by mixing polyurethane (7 g) trimethoprim (200 µg), and sulfamethoxazole (1 g), both anti-parasitic drugs, and finally dexamethasone acetate (400 µg), an anti-inflammatory and immunosuppressive drug. Implants were characterized by Infrared Spectrometry (FTIR) and Scanning Electron Microscopy (SEM). These techniques allowed to verify the chemical integrity of drugs incorporated into the implants and the dispersion of these drugs in the amorphous polymeric matrix. A high- performance liquid chromatography method was developed and validated for the determination of the incorporated and released drugs from implants. Chromatographic conditions were: C18 column, 30 oC for column temperature, 10 µL of injection volume; the detection wavelengths for trimethoprim, sulfamethoxazole, and dexamethasone acetate were set at 240 and 270 nm, respectively. The mobile phase was the mixture of acetonitrile and purified water (4: 1) + trimethylamine 0.1% (w / v), as phase A, and acetonitrile, as phase B. The mobile phase A flowed for 10 minutes, than 85% phase A and 15% of phase B flowed for 10 minutes, finally 100% of phase A flowed for 22 minutes. The method showed selectivity, linearity, precision, and accuracy. In vitro drug release studies revealed that all the drugs released under controlled therapeutic doses from the implants for 90 days. In vitro biocompatibility of drugs released from implants and possible degradation products from polyurethane was evaluated by using ARPE-19 cells; and the cellular viability in direct contact with these substances was evidenced. Finally, drugs released from implants were capable of reducing the number of Toxoplasma gondii in infected ARPE-19 cells. In conclusion, implants based on polyurethane, trimethoprim, sulfamethoxazole, and dexamethasone acetate may represent a therapeutic alternative to treat the OT.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/13458
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 15/06/2020 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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