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Título: Potencial terapêutico da Ipriflavona veiculada em preparação autoemulsionável na disfunção sexual de ratas espontaneamente hipertensas (SHR) no período do climatério.
Autor(es): Martins, Thales de Andrade
Orientador(es): Leite, Romulo
Rodovalho, Gisele Vieira
Palavras-chave: Climatério
Mulheres - comportamento sexual
Hipertensão
Fármacos
Data do documento: 2015
Membros da banca: Santos, Sergio Henrique Sousa
Costa, Daniela Caldeira
Leite, Romulo
Referência: MARTINS, Thales de Andrade. Potencial terapêutico da Ipriflavona veiculada em preparação autoemulsionável na disfunção sexual de ratas espontaneamente hipertensas (SHR) no período do climatério. 2015. 46 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2015.
Resumo: A disfunção sexual feminina (DSF) é uma condição na qual ocorrem alterações nos processos envolvidos no ciclo de resposta sexual feminina. Uma grande subcategoria da DSF é a desordem da excitação sexual feminina (DESF) que envolve uma série de eventos vasocongestivos e lubrificantes resultantes, principalmente, do aumento do fluxo sanguíneo para o clitóris, a lábia, e o tecido vaginal. Um declínio nos níveis de estrogênio sérico, que ocorre naturalmente na menopausa, resulta numa diminuição significativa do fluxo sanguíneo para região pélvica, levando ao afinamento do epitélio da mucosa vaginal e atrofia do músculo liso da parede vaginal. A influência do estrogênio está relacionada com a ação local do óxido nítrico (NO) em tecidos genitais. A terapia de reposição hormonal convencional provou ser eficaz no tratamento de DSF, no entanto, esta terapia está associada a um risco aumentado de incidência de eventos cardiovasculares isquêmicos, bem como embolismo venoso. Assim, há um grande interesse no desenvolvimento de alternativas terapêuticas que minimizem os efeitos deletérios do hipoestrogenismo sobre a função sexual, sem causar efeitos colaterais e evitando-se as contraindicações. O fitoestrógeno ipriflavona (7-isopropoxi-3-fenil-4H-benzopiran-4-ona), derivado da daidzeína, (uma isoflavona de ocorrência natural) vem sendo utilizada na prevenção e tratamento da osteoporose, apresentando resultados positivos na reversão da osteoporose já estabelecida, também comum no climatério/menopausa. Entretanto, a ação da ipriflavona no tratamento de DESF é desconhecida. O objetivo deste estudo foi investigar o potencial terapêutico da ipriflavona no tratamento da DESF. Para isso, foram utilizadas ratas jovens (4- 5 meses) e senescentes (18-19 meses) espontaneamente hipertensas (SHR) tratadas durante 30 dias com ipriflavona veiculada em um sistema auto emulsionante de entrega de fármacos (SEDDS), que aumenta a biodisponibilidade do fitoestrógeno. Os parâmetros fisiológicos foram avaliados durante a estimulação do nervo pélvico. A temperatura intravaginal aumentou significativamente com a dose de 10 mg/kg no grupo senescente SHR (p <0.05, ANOVA, seguido do pós-teste Bonferroni). A lubrificação vaginal aumentou após o tratamento com ipriflavona na dose 30 mg/Kg nas ratas jovens e senescentes (p<0.05, ANOVA, seguido do pósteste Bonferroni). A pressão intravaginal foi significativamente maior em ambos os grupos de ratas jovens e senescentes tratadas com as doses de 10 ou 30 mg/Kg de ipriflavona (p<0.05, ANOVA, seguido do pós-teste Bonferroni). O tratamento crônico com ipriflavona nas doses 10 e 30mg/Kg melhorou a resposta vasocongestiva observada durante 30 minutos após a injeção subcutânea de apomorfina (80µg/Kg) em ratas conscientes SHR jovens e SHR senescentes. Ainda, nesse modelo de estudo da função sexual em ratas conscientes, a melhora nas respostas IV vasocongestivas observadas para as ratas tratadas com ipriflavona foi similar àquela observada para o grupo tratado com estradiol. A avaliação histológica de rins e fígado, juntamente com a caracterização do perfil lipídico e dosagem de enzimas renais e enzimas hepáticas, sugerem a ausência de hepato e nefrotoxicidade. Portanto, o tratamento crônico de 30 dias com o fitoestrógeno ipriflavona veiculado em SEDDS, mostrou-se seguro e promoveu melhoria significativa na função sexual, sugerindo um potencial terapêutico para o tratamento da disfunção sexual induzida pelo hipoestrogenismo observado em mulheres na fase de menopausa/climatério.
Resumo em outra língua: Female sexual dysfunction (FSD) is a condition in which there are alterations in the processes involved in the female sexual response cycle. A major subcategory of FSD is female sexual arousal disorder (FSAD) that involves a series of vasocongestive and lubricative events resulting, primarily, from increased blood flow to clitoral, labial, and vaginal tissue. A decline in serum estrogen, which occurs in menopause, results in a significant decrease in the clitoral intracavernosal, vaginal, and urethral blood flow, thinning of vaginal mucosal epithelium and atrophy of vaginal wall smooth muscle. The influence of estrogen is closely related to the local action of nitric oxide (NO) in the genital tissues. The conventional hormone therapy has proven effective in the treatment of FSD, however, this therapy is associated with an increased risk of the incidence of ischemic cardiovascular events, as well as venous embolism. Therefore, there is great interest in the development of therapeutic alternatives that minimize the deleterious effects of hypoestrogenism on sexual function without causing side effects and avoiding contraindications. The fitoestrogen ipriflavone (7‐isopropoxy‐3‐phenyl‐chromen‐4‐one), a derivative of daidzein (a naturally occurring isoflavone), is used in the prevention and treatment of osteoporosis, demonstrating positive results in reversing established osteoporosis, also common in the menopause/climacteric. However, the potential role of ipriflavone in the treatment of FSAD is unknown. The aim of this study was to investigate the therapeutic potential of ipriflavone in the treatment of FSAD. For that, we used young (4-5 months) and senescent (18- 19 months) female spontaneously hypertensive rats (SHR) treated for 30 days with ipriflavone conveyed in a self-emulsifying drug delivery systems (SEDDS), which increases the bioavailability of the phytoestrogen. Physiological parameters were evaluated during pelvic nerve stimulation. Intravaginal temperature significantly increased at the dose of 10 mg/Kg in the senescent SHR group (p<0.05, ANOVA followed by Bonferroni post- test). The vaginal lubrication was improved after treatment with ipriflavone 30 mg/Kg in the young and in the senescent rats (p<0.05, ANOVA followed by Bonferroni post- test). Intravaginal pressure was significantly higher in both young and senescent groups treated with either 10 or 30 mg/Kg of ipriflavone (p<0.05, ANOVA followed by Bonferroni post- test). Chronic treatment with ipriflavone with doses of 10 and 30 mg/kg improved the vasocongestive responses observed during the subsequent 30 minutes interval after subcutaneous injection of apomorphine (80μg/kg) in conscious young and senescent female SHR rats. Furthermore, using the same model to study sexual function in conscious rats, the improvement in the vasocongestive reponses observed in ipriflavone treated rats was similar to that observed for the estradiol treated group. Histological VI evaluation of liver and kidney, along with the characterization of the lipid profile and some enzyme levels (kidney and liver enzymes) suggest the absence of hepatic and renal toxicity. Therefore, the chronic treatment for 30 days with the ipriflavone phytoestrogen conveyed in SEDDS, showed to be safe and significantly improved female rat sexual function, suggesting a therapeutic potential for the treatment of the sexual dysfunction induced by hypoestrogenism observed in menopause/climacteric woman.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/13135
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 28/02/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.
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