Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/13084
Título: O conceito de natureza entre a decadência e o progresso na História Natural luso-mineira (1772-1808).
Autor(es): Matzner, Mark de Soldi
Orientador(es): Silveira, Marco Antônio
Palavras-chave: História natural
Natureza - polissemia
Antropoceno
Data do documento: 2020
Membros da banca: Silveira, Marco Antônio
Mollo, Helena Miranda
Kury, Lorelai Brilhante
Referência: MATZNER, Mark de Soldi. O conceito de natureza entre a decadência e o progresso na História Natural luso-mineira (1772-1808). 259 f. 2020. Dissertação (Mestrado em História) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana, 2020.
Resumo: A polissemia do conceito de natureza expressa nos discursos dos naturalistas lusomineiros da passagem para o século XIX é capaz de manifestar a historicidade de toda uma geração de letrados que lidou com a crise da colonização durante um período de aceleração provocado pela emergência de novos saberes científicos. A História Natural se institucionalizou nas estruturas administrativas ultramarinas e promoveu o esquadrinhamento da natureza colonial. Tal historicização do meio ambiente produziu oscilações de significados que acabaram associando o meio natural do Brasil a uma potência de progresso e engendrando novas relações entre metrópole e colônia. A abertura do futuro propiciada por enunciados que buscavam o progresso através da natureza acabou racionalizando práticas destrutivas à biodiversidade nativa, institucionalizando-as como políticas de governo e causando danos irreversíveis ao patrimônio ambiental brasileiro, além de resguardar os recursos naturais para o uso dos estratos dominantes. Esta dissertação busca compreender e desconstruir os fundamentos de tais representações sobre a natureza do Brasil, em especial sobre a de Minas, para recuperar os elos semânticos que ecoam na crise ambiental contemporânea.
Resumo em outra língua: The polysemy of the concept of nature expressed in the discourses of Luso-Mineiro naturalists in the passage to the 19th century is able to express the historicity of a whole generation of learned people who dealt with the colonization crisis during a period of acceleration caused by the emergence of new scientific knowledge. Natural History was institutionalized through the overseas administrative structures and promoted the scanning of colonial nature. This historicization of the environment produced oscillations in the meanings that associated Brazil's habitat with a progress power and engendered new relations between the metropolis and the colony. The opening of the future provided by statements that sought progress through nature rationalized destructive practices as to native biodiversity, institutionalizing them as government policies, causing irreversible damages to Brazil's environmental heritage and protecting natural resources for the sole use of the dominant strata. This dissertation seeks to understand and deconstruct the foundations of such representations about Brazil's nature, especially that of Minas, in order to recover the semantic links that echo in the contemporary environmental crisis.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/13084
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 25/01/2021 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho, desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.
Aparece nas coleções:PPGHis - Mestrado (Dissertações)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
DISSERTAÇÃO_ConceitoNaturezaDecadência.pdf1,96 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons