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Título: Diagnóstico de apendicite aguda usando um sinal radiográfico.
Autor(es): Santos, Ronald Soares dos
Orientador(es): Silva, Marcelo Eustáquio
Coelho, Daniel Barbosa
Palavras-chave: Apendicite aguda
Apendicite aguada – diagnóstico radiológico
Data do documento: 2018
Membros da banca: Regis, Ana Lúcia Rissoni dos Santos
Souza, Gabriela Guerra Leal de
Coelho, Daniel Barbosa
Silva, Marcelo Eustáquio
Referência: SANTOS, Ronald Soares dos. Diagnóstico de apendicite aguda usando um sinal radiográfico. 2018. 74 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Nutrição) - Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto, Escola de Nutrição, Ouro Preto, 2018.
Resumo: A Apendicite Aguda é uma das causas mais comuns de dor abdominal aguda e a causa mais comum de cirurgia abdominal de urgência.O diagnóstico acurado da doença é desafiador ainda nos dias de hoje, devido a miríade de apresentações clínicas. A decisão de operar, dispensar ou submeter o paciente a mais exames para estabelecer o diagnóstico é sempre uma dúvida entre os cirurgiões. As complicações da Apendicite Aguda estão relacionadas a um diagnóstico tardio ou a laparotomia desnecessária. E a maioria das mortes por Apendicite Aguda estão associadas a um atraso no diagnóstico. Contudo, lançamos mão de alguns recursos para chegar a um diagnóstico acertado. Usamos os sintomas e sinais associados a exames bioquímicos, a exames radiológicos de imagem e frequentemente algum tempo de observação do paciente. O padrão-ouro para o diagnóstico de apendicite aguda continua sendo o exame anatomopatológico do espécime extraído durante o ato operatório. No entanto, exames de imagem como a Tomografia Computadorizada de Abdome e Pelve e Ressonância Magnética de Abdome e Pelve possuem sensibilidade e especificidade próximas de 100%. Há, porém, o inconveniente do custo dos exames e no caso da Tomografia a produção de radiação ionizante. Em 2012, foi proposto por Petroianu, um simples sinal radiológico que pode ser observado na radiografia simples de abdome e que possui alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de Apendicite Aguda. Esse sinal consiste na presença de fezes no ceco descrito como áreas de hipotransparência intercaladas por áreas de hipotransparência observadas na topografia do ceco vistas na radiografia de abdome O objetivo do nosso estudo foi averiguar se o sinal radiográfico, sozinho ou em associação com alguns sinais e sintomas e exames bioquímicos, tais como a dor à palpação da fossa ilíaca direita, o sinal de Blumberg, leucócitos > 10.000/ml, neutrofilia > 70% e PCR > 6 mg/dl poderia apresentar sensibilidade e especificidade para fornecer o diagnóstico de apendicite aguda. Entre as vantagens do uso do sinal radiográfico encontra-se o fato de ser um exame barato, amplamente disponível nos serviços de saúde públicos do país, é fácil de interpretar, produz pouca radiação ionizante, não requer o uso de contraste endovenoso e nem preparo prévio. Em nosso trabalho, foram estudados 53 pacientes dos quais 36 foram diagnosticados com apendicite aguda. Foram obtidas sensibilidade de 91,67%, especificidade de 35,29%, valor preditivo positivo de 75% e valor preditivo negativo de 66,67%. Entretanto, quando considerados os pacientes com fase patológica de edematosa (fase I) até a fase de necrose (fase III) o sinal radiográfico obteve uma sensibilidade de 96,85%. Além disso, quando levados em conta apenas os pacientes com perfuração do apêndice (fase IV) a sensibilidade do sinal radiográfico cai para 50%. Esses pacientes, em nosso estudo, estiveram correlacionados com mais tempo de evolução antes da apendicectomia usualmente mais do que quatro dias de dor, apresentavam leucocitose maior e dosagem de PCR acima de 30 mg/dl e evoluíram com pior prognóstico permanecendo mais tempo internados no hospital, requerendo a realização de outros procedimentos cirúrgicos complementares como ileostomia, colostomia, drenagem de abscessos profundos e estenose de uretra. Ademais, quando somadas as sensibilidades em paralelo e as especificidades em série do sinal radiográfico e da presença de dor à palpação da fossa ilíaca direita, do sinal de Blumberg, leucócitos > 10.000/ml, Neutrófilos > 70% e da PCR > 6 mg/dl a sensibilidade do sinal radiográfico atinge sensibilidade de 100% e especificidade de 99,3%, sendo capaz, assim, de confirmar ou descartar o diagnóstico de apendicite aguda usando o sinal radiográfico de presença de fezes no ceco conjuntamente com os sinais, sintomas e exames bioquímicos descritos.
Resumo em outra língua: Acute Appendicitis (AA) is one of the most common causes of abdominal pain and the most common cause of abdominal emergency surgery.An accurate diagnosis of AA is often challenging due to the many forms of presentation. The decision to operate, discharge or further work-up a patient is frequently unclear. Complications of AA are related to a delay in the diagnosis or a negative appendectomy. Nonetheless, certain signs and symptoms are used along with radiological imaging, laboratory tests and often some time of observation to reach an adequate diagnosis. The Gold-Standard for the diagnosis of Acute Appendicitis still remains pathologic confirmation after appendectomy. Computed Tomography (CT Scan) of Abdomen and Pelvis and Magnetic Resonance Imaging (MRI) of Abdomen and Pelvis are the most accurate radiological imaging for the diagnosis of AA. However, both have high costs and CT Scan yields ionizing radiation. In 2012, Petroianu proposed a novel radiographic sign using plain film of the abdomen for the diagnosis of AA. This sign consisted on the presence of feces in cecum described as areas of hypo transparency interspersed with areas of hyper transparency in the topography of cecum as seen in the plain radiograph of abdomen. This sign in his study had a sensitivity of 97% and specificity of 85%. Our study aimed to verify whether this radiographic sign, in isolation or in association, with some clinical signs, symptoms and biochemical tests such as rebound tenderness, tenderness in right iliac fossa, leukocytes > 10,000/ ml, neutrophils > 70% and reactive cprotein > 6 mg/dl. Some of the advantages of this radiograph sign include: low cost, widely disposable, easy to read, produces less radiation when compared to a CT-Scan of the abdomen, no previous preparation needed, do not require the use of intravenous contrast material. 53 patients were enrolled in our work, of these 36 were diagnosed with acute appendicitis. The radiographic sign yielded a sensitivity of 91,67% and a specificity of 35,29 %. However, when considered from edematous pathologic phase until necrosis pathologic phase a sensitivity of 96,5% were reached. Nonetheless, when taken into consideration the patients who presented with perforated appendix ( pathologic phase IV ), the sensitivity of the radiographic sign fell to only 50%. Usually, these patients had a longer time before appendectomy 4 days or more, showed a higher leukocytosis and more elevated reactive C-protein levels, had a more complicated convalescence frequently requiring complementary surgical procedures such as ileostomy, colostomy, drainage of abdominal abscess and urethral stricture. In spite of that, when the sensitivities in parallel and specificities in series of the radiographic sign and the presence of tenderness in right iliac fossa, rebound tenderness, leukocytes > 10,000/ml, neutrophils > 70% and reactive C-protein were added together a sensitivity of 100% and a specificity of 99,3% were achieved allowing the radiographic sign to rule in or rule out the diagnosis of acute appendicitis.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição. Escola de Nutrição, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/11626
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 09/06/2018 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.
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