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Título: Avaliação da possível interação entre a candesartana e a ipriflavona, veiculadas em um sistema autoemulsionável, sobre a função sexual de ratas hipertensas e normotensas.
Autor(es): Simões, Leidiane Vieira
Orientador(es): Leite, Romulo
Palavras-chave: Hipertenção
Disfunção sexual feminina
Ipriflavona
Candesartana
Data do documento: 2017
Membros da banca: Capettini, Luciano dos Santos Aggum
Cardoso, Leonardo Máximo
Leite, Romulo
Referência: SIMÕES, Leidiane Vieira. Avaliação da possível interação entre a candesartana e a ipriflavona, veiculadas em um sistema autoemulsionável, sobre a função sexual de ratas hipertensas e normotensas. 2017. 64 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2018.
Resumo: A disfunção sexual é caracterizada por distúrbios e alterações psicofisiológicas no ciclo de resposta sexual. A hipertensão arterial (HA), doença de elevada prevalência no Brasil, foi apontada como uma das causas da disfunção sexual também em mulheres. Sabe-se que algumas classes de medicamentos utilizadas para reduzir e controlar a pressão arterial também comprometem o processo de resposta sexual, porém, estudos demonstraram que os antagonistas dos receptores de angiotensina II (ARA), além de eficazes no tratamento da HA, aparentemente não provocam, ou até mesmo atenuam as disfunções sexuais. O efeito benéfico dos ARA tem sido observado em estudos realizados em modelos experimentais de disfunção erétil em animais machos. Outro forte candidato a ser estudado em relação à melhora função sexual feminina é a ipriflavona, um derivado sintético do fitoestrógeno daidzeína (isoflavona), cuja estrutura química é similar ao estradiol, podendo ligar-se aos receptores de estrógeno, provocando um efeito semelhante ao referido hormônio. A ipriflavona já é utilizada para a prevenção e tratamento de osteoporose e estudos demonstraram o seu elevado potencial em minimizar os sintomas da menopausa, podendo substituir a terapia de reposição hormonal, cuja utilização é atualmente controversa devido à sua relação com o surgimento de câncer do endométrio, ovário e mamas. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o potencial terapêutico da ipriflavona, da candesartana e da combinação dos mesmos na resposta de excitação sexual de ratas hipertensas (SHR) e normotensas (WKY). Como a biodisponibilidade desses fármacos por via oral é baixa, ambos foram administrados veiculados em um sistema autoemulsionável para entrega de fármacos (SEDDS). Os parâmetros fisiológicos avaliados por meio de estimulação do nervo pélvico mostraram que a pressão intravaginal foi significativamente maior em ratas SHR tratadas com 30 mg/kg de ipriflavona e em ratas WKY tratadas com ipriflavona e candesartana nas doses 30 mg/kg e 2 mg/kg, respectivamente. O aumento na variação da temperatura foi significativo apenas para o grupo SHR tratado com ipriflavona 30 mg/kg em comparação ao grupo tratado com ipriflavona e candesartana (30 mg/kg e 5 mg/kg, respectivamente). A lubrificação vaginal de fêmeas normotensas foi maior em relação às hipertensas tanto a nível basal quanto pós-estímulo. Verificou-se que a resposta de excitação sexual em fêmeas é comprometida pela hipertensão arterial, tendo em vista o perfil de resposta significativamente maior nas fêmeas normotensas. A análise das respostas vasocongestivas não apresentou resultados satisfatórios para os fármacos estudados, como esperado em relação ao processo de excitação sexual. Não foram observadas variações do perfil lipídico, parâmetros hematológicos e enzimas indicadoras da função hepática. A candesartana isolada ou em associação com a ipriflavona nas doses utilizadas, veiculada em SEDDS, por tratamento durante 30 dias foi capaz de reduzir a pressão arterial, mas não alterou a resposta sexual e nem o efeito facilitador da ipriflavona sobre a resposta de excitação sexual em ratas normotensas ou hipertensas. Conclui-se, portanto, que o tratamento da hipertensão com a candesartana pode ser uma alternativa para evitar-se a disfunção sexual feminina em pacientes hipertensas e que a utilização da ipriflavona pode promover melhora da resposta de excitação sexual em fêmeas.
Resumo em outra língua: Sexual dysfunction is characterized by disturbances and psychophysiological changes in the sexual response cycle. Hypertension (HA), a disease of high prevalence in Brazil, was pointed out as one of the causes of sexual dysfunction in women. It is known that some classes of drugs used to reduce and control blood pressure also compromise the sexual response process; however, studies have shown that angiotensin II receptor antagonists (ARBs), besides being effective in the treatment of hypertension, apparently do not induce, or even ameliorate sexual dysfunction. The beneficial effect of ARBs has been observed in studies conducted in experimental models of erectile dysfunction in male animals. Another strong candidate to be studied in relation to improvement of the female sexual function is ipriflavone, a synthetic derivative of the phytoestrogen daidzein (isoflavone), whose chemical structure is similar to estradiol, and can bind to estrogen receptors, causing a hormonal-like effect. Ipriflavone is already used for the prevention and treatment of osteoporosis and studies have demonstrated its high potential in minimizing the symptoms of menopause and may replace hormone replacement therapy, which use is a bit controversial now a days due to the increased chance of incidence of endometrium, ovary and breast cancer. In this context, we aimed to evaluate the therapeutic potential of ipriflavone, candesartan and their combination in the arousal sexual response of hypertensive (SHR) and normotensive (WKY) rats. As the oral bioavailabilities of these drugs are low, both were administered in a self-emulsifying drug delivery system (SEDDS). Physiological parameters assessed by pelvic nerve stimulation showed that intravaginal pressure was significantly higher in SHR rats treated with 30 mg/kg ipriflavone and in WKY rats treated with ipriflavone and candesartan at doses of 30 mg/kg and 2 mg/kg, respectively. The augmentation of the temperature range was significant only for the SHR group treated with ipriflavone 30 mg/kg compared to the ipriflavone and candesartan group (30 mg/kg and 5 mg/kg, respectively). The vaginal lubrication of normotensive females was higher in relation to the hypertensive ones at both basal and post-stimulus levels. It was verified that the arousal sexual response in females is compromised by arterial hypertension, since of the response profile is significantly higher in normotensive females. The analysis of the vasocongestive responses did not present satisfactory results for the drugs studied, as expected in relation to the sexual arousal process. There were no changes in the lipid profile, hematological parameters and the enzymes that usually as markers of the hepatic function. Candesartan alone or in combination with ipriflavone at doses used, delivered on SEDDS, by treatment for 30 days were able to reduce blood pressure, but did not alter the sexual response or the facilitating effect of ipriflavone on the sexual arousal response in Normotensive or hypertensive rats. It is concluded, therefore, that the treatment of hypertension with candesartan may be an alternative to prevent female sexual dysfunction in hypertensive patients and that the use of ipriflavone can promote an improvement in the sexual arousal response in females.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
URI: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/10824
Licença: Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 25/03/2019 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite a adaptação.
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