DSpace Communidade:http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/4262024-03-28T22:01:54Z2024-03-28T22:01:54ZIdentificação de genes envolvidos na tolerância ao alumínio em Saccharomyces cerevisiae.Ferreira, Ludmila da Conceiçãohttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/180602024-02-06T19:36:17Z2022-01-01T00:00:00ZTítulo: Identificação de genes envolvidos na tolerância ao alumínio em Saccharomyces cerevisiae.
Autor(es): Ferreira, Ludmila da Conceição
Resumo: A produção de etanol combustível representa um importante papel na economia de
vários países, sendo os Estados Unidos, Brasil e China os maiores produtores mundiais.
O bioetanol é um combustível renovável, sendo o biocombustível mais consumido no
Brasil. A síntese do etanol é normalmente realizada com a obtenção de uma solução de
açúcares, que são fermentados para produzir etanol, sendo este separado por destilação e
purificado. A principal rota metabólica envolvida na fermentação alcoólica em
leveduras é a glicólise. Diversos fatores fisiológicos podem influenciar no desempenho
fermentativo da Saccharomyces cerevisiae, como o estresse osmótico, o estresse ácido,
a contaminação bacteriana e a presença de níveis tóxicos de alumínio. Em virtude da
fermentação ocorrer em condições ácidas, o alumínio, absorvido pela cana-de-açúcar
em solos ácidos, provoca sérios problemas durante a fermentação. As cepas de
leveduras industriais diferem bastante em relação à tolerância ao alumínio e,
considerando o potencial de aplicação biotecnológica das leveduras, se faz necessário
um estudo das bases genéticas envolvidas nesse fenótipo de tolerância. Neste contexto,
o objetivo do presente projeto foi identificar no genoma da Saccharomyces cerevisiae
genes que possam estar envolvidos na tolerância ao alumínio. Desse modo, localizou-se
os genes presentes na região do QTL no cromossomo VI apontados por Mezadri (2018),
envolvidos na tolerância ao alumínio em S. cerevisiae e avaliou-se a tolerância ao
alumínio por meio de testes de crescimento contendo diferentes concentrações de
alumínio. Para verificar se os genes candidatos a estarem envolvidos com a tolerância
ao alumínio carregavam variantes genéticas que poderiam estar associadas ao fenótipo
de interesse, as sequências de nucleotídeos desses genes foram alinhadas utilizando a
ferramenta online Clustal Omega, para visualização e análise do alinhamento múltiplo
das sequencias de nucleotídeos utilizou-se o programa Jalview 2 e para visualização
das variantes genéticas utilizou-se a ferramenta IGV. Nossos resultados indicaram
envolvimento de 18 genes com a tolerância ao alumínio e três tipos variantes genéticas
sendo elas sinônima, missense e sem sentido, que permitem estudo de modificação de
SNV. Além disso, nossos resultados fornecem dados promissores para melhoramento de
cepas industriais para produção de bioetanol.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00ZAvaliação comparativa do processo auto-fermentativo e bioaumentado de diferentes amostras de bagaços de cana- de-açúcar : identificação da microbiota autóctone e produtos gerados.Souza, Isabela Morato dehttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/180282024-01-24T19:09:06Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Avaliação comparativa do processo auto-fermentativo e bioaumentado de diferentes amostras de bagaços de cana- de-açúcar : identificação da microbiota autóctone e produtos gerados.
Autor(es): Souza, Isabela Morato de
Resumo: O bagaço de cana-de-açúcar (BCA) é um material remanescente da indústria
sucroalcooleira considerado fonte renovável, de baixo custo e rico em açúcares. A
conversão desta biomassa lignocelulósica em bioprodutos é uma alternativa favorável
para amenizar problemas ambientais causados pelo uso excessivo de matéria-prima de
origem fóssil, além de contribuir para o conceito de biorrefinaria. Entretanto, devido à
sua estrutura recalcitrante, o acesso aos açúcares do biomaterial é um desafio para
microrganismos fermentadores. Assim sendo, objetivando alcançar um bioprocesso
consolidado, o presente estudo investigou o potencial hidrolítico e fermentativo da
microbiota autóctone do BCA bruto durante sua fermentação, bem como a prospecção
dos microrganismos presentes na biomassa. Nos ensaios de fermentação foram testadas
amostras de BCA de seis usinas (A, B, C, D, E e F) na concentração de 10 g/L,
monitoradas por 408 h a 37oC, sob agitação. As cepas cultiváveis foram coletadas no
tempo 96 h e três delas (X, Y e Z) foram selecionadas para serem inoculadas
individualmente em ensaios bioaumentados. A caracterização metagenômica do
consórcio microbiano foi realizada e para quantificação dos metabólitos obtidos durante
a fermentação foi feita a análise da fração líquida, enquanto a fração sólida foi
caracterizada a fim de determinar os teores de celulose, hemiceluloses e lignina no início
e ao final do ensaio. A microbiota presente nos bagaços no início da fermentação incluiu
principalmente organismos do gênero Acetobacter, ao passo que, com 96 h de ensaio
houve predominância de bactérias fermentadoras, como Clostridium, Enterobacter e
Ruminiclostridium. Ao final do ensaio a abundância de Ruminiclostridium foi expressiva
para as amostras analisadas neste momento. Dentre as condições testadas, alcançou-se a
remoção de 37% da fração de lignina, 58% de celulose e 44% de hemiceluloses na
fermentação do bagaço D por sua microbiota autóctone bioaumentada por Klebsiella
pneumoniae (isolado X). Os principais produtos obtidos foram ácido caproico (2,81 g/L
em Dy), etanol (2,68 g/L em A), ácido acético (1,15 g/L em D), ácido isobutírico (0,97
g/L em E), metanol (0,97 g/L em A) e ácido propiônico (0,34 g/L em C). Isto demonstra
o elevado potencial lignocelulolítico da microbiota autóctone do BCA por acessar e
fermentar o próprio substrato, demonstrando a possibilidade de obtenção de bioprodutos
de valor agregado através do bioprocesso consolidado.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00ZAvaliação do potencial biotecnológico de derivados sintéticos de eugenol para o tratamento de Glioblastoma.Dias, Andreia da Silvahttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/180192024-01-23T17:58:53Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Avaliação do potencial biotecnológico de derivados sintéticos de eugenol para o tratamento de Glioblastoma.
Autor(es): Dias, Andreia da Silva
Resumo: Atualmente o câncer é uma das doenças que mais matam no mundo, mesmo com
todo o avanço nos métodos de diagnósticos e nos procedimentos quimioterápicos.
Associado às mutações que acontecem frequentemente no genoma das células
cancerígenas, novos métodos de tratamento frequentemente não obtêm êxito. Com
isso, as neoplasias são difíceis de se tratar e em muitas situações os tratamentos
não curam essa enfermidade por completo. Dentre as neoplasias que podem
acometer o sistema nervoso central encontramos os gliomas, tumores com origem a
partir das células da glia. O tipo mais comum de glioma é o glioblastoma (GBM).
Especificamente nesta doença, ainda que a ressecção tumoral apresente o melhor
resultado possível, onde todo o tumor foi removido, existem células infiltrativas que
escapam do procedimento cirúrgico, levando a uma recidiva da doença. Adjuvante à
ressecção, o tratamento segue com a quimio e radioterapia, visando apenas a
sobrevida que ainda é curta. A maioria dos pacientes diagnosticados com esta
neoplasia não sobrevivem por mais do que 15 meses a partir do diagnóstico. Com
base nesses resultados não esperançosos dos tratamentos comumente utilizados
para o GBM e também pela característica difusa desse tumor, estudos acerca de
novos procedimentos terapêuticos devem ser realizados. É sabido que os
compostos naturais podem exibir atividade inibindo o crescimento de células
cancerígenas, atuar no controle de certas vias de expressão gênicas que estão
ligadas à atividade tumoral, assim como também apresentar efeitos antioxidantes,
anti-inflamatórios e anti metastáticos. Um grande exemplo de produto natural que
apresenta as atividades citadas é o eugenol. Por isso, esses compostos, e também
outros fármacos obtidos a partir deles, representam um vasto campo de
possibilidades para a obtenção de procedimentos terapêuticos seguros e eficazes.
Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial
biotecnológico de derivados do eugenol como possíveis candidatos a fármacos para
o tratamento do glioblastoma. Para isto, utilizamos a linhagem U87MG e realizamos
os ensaios in vitro de metabolismo celular (MTT) para triar e selecionar o composto
com melhor atividade, migração por meio do ensaio de cicatrização de feridas,
proliferação e formação de colônias. Com base nestes experimentos foi possível
observar um efeito anti-tumoral do derivado 5V, inibindo todos os parâmetros
analisados. Assim, este derivado se mostrou como um candidato promissor para o
desenvolvimento de um novo fármaco para o tratamento do glioblastoma.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00ZAvaliação da atividade do canabidiol sobre o comportamento de camundongos fêmeas C57BL/6 em um modelo de depressão induzida pelo isolamento social.Pereira, Kenzawin Adlizhttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/179232023-12-12T21:19:00Z2023-01-01T00:00:00ZTítulo: Avaliação da atividade do canabidiol sobre o comportamento de camundongos fêmeas C57BL/6 em um modelo de depressão induzida pelo isolamento social.
Autor(es): Pereira, Kenzawin Adliz
Resumo: O isolamento social (IS) se tornou uma realidade dentro do contexto pandêmico mundial. Um
dos efeitos desta vivência pode ser o desenvolvimento do quadro de depressão maior (DM),
resultando prejuízos sociais e cognitivos. Antes mesmo deste cenário a doença já era uma das
mais prevalentes em todo o mundo atingindo 2,9% dos homens e 5,0% das mulheres. O estresse
crônico é um importante fator de risco no aparecimento de vários distúrbios neuropsiquiátricos,
incluindo ansiedade e depressão. Neste trabalho objetivamos investigar a relação entre as
alterações comportamentais induzidas pelo estresse crônico do IS em camundongos adultos
fêmeas e o tratamento com canabidiol (CBD), um fitocanabinoide extraído de plantas do gênero
Cannabis que devido a suas propriedades medicinais tem sido considerado para o tratamento
de diversas patologias. O CBD pode atuar no sistema nervoso central de diversas formas,
incluindo por agonismo ao sistema endocanabinoide. Para avaliar o IS como mecanismo indutor
de estresse em modelo animal, isolamos camundongos C57BL/6 fêmeas adultas por 16
semanas, de acordo com protocolo pré-estabelecido na literatura, para avaliar comportamentos
semelhantes aos da DM, como a anedonia e prejuízos cognitivos. O modelo de indução da DM
foi confirmado pelo teste de preferência pela sacarose e a partir deste resultado os animais foram
tratados com CBD 30 mg/Kg, via gavagem e, posteriormente, avaliados nos testes
comportamentais de Campo Aberto, Claro/Escuro, Reconhecimento do Novo Objeto e Natação
Forçada. Os resultados apontaram o isolamento como um indutor efetivo do comportamento
tipo depressivo. O tratamento com o CBD não trouxe prejuízos cognitivos ou motores aos
animais, com base nos testes de Campo Aberto e Reconhecimento do Novo Objeto, mas
também não pôde ser considerado agente protetor ao estresse agudo com base nos resultados
do teste de Natação Forçada. Quanto ao tratamento prolongado com CBD os dados
demonstraram efeito ansiogênico em fêmeas agrupadas consideradas saudáveis, sugerindo um
possível efeito adverso para o uso do CBD na ausência de traços depressivos. O uso prolongado
do CBD pode gerar ansiedade em fêmeas saudáveis, bem como o isolamento pode ser
considerado um fator indutor de comportamento tipo-depressivo e ansioso, sem afetar a
cognição ou habilidades motoras dos animais testados.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.2023-01-01T00:00:00Z