DSpace Coleção:http://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/30382024-01-17T10:55:43Z2024-01-17T10:55:43ZEstudo dos possíveis mecanismos de ação envolvidos na inibição da formação de biofilme microbiano em disposivo médico revesdo com poli(metacrilato de mela-co-dimelacrilamida) e de sua associação com nanoparculas de prata.Perasoli, Fernanda Barçantehttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/178552023-11-23T19:56:50Z2021-01-01T00:00:00ZTítulo: Estudo dos possíveis mecanismos de ação envolvidos na inibição da formação de biofilme microbiano em disposivo médico revesdo com poli(metacrilato de mela-co-dimelacrilamida) e de sua associação com nanoparculas de prata.
Autor(es): Perasoli, Fernanda Barçante
Resumo: Os materiais utilizados na produção de dispositivos médicos permitem a adesão de
microrganismos e, consequentemente, a formação de biofilme, fazendo desses uma das fontes
de infecções hospitalares mais comuns. Em estudo anterior, o copolímero polimetacrilato de
metila-co-dimetilacrilamida (PMMDMA) demonstrou redução significativa na adesão das
principais bactérias relacionadas às infecções hospitalares, porém os principais mecanismos
antiaderentes envolvidos não foram elucidados. Além disso, sabe-se que revestimentos com
propriedades anti-adesiva e antimicrobiana tendem a serem mais eficazes. O emprego de
nanopartículas de prata como agente antimicrobiano tem atraído a atenção nos últimos anos,
devido aos seus efeitos significativos contra patógenos resistentes, como bactérias e fungos, e
ao seu amplo espectro de ação. Dessa forma, este trabalho teve como objetivos avaliar os
principais mecanismos de ação repelentes de microrganismos do PMMDMA e sua atividade
anti-adesiva quando exposto à cultura de Candida albicans, principal espécie fúngica
relacionada à quadros de infecções hospitalares oriundas do uso de cateteres urinários; além de
avaliar se a associação de nanopartículas de prata (AgNPs) à matriz de PMMDMA aumenta
sua eficácia. O copolímero PMMDMA foi sintetizado por fotopolimerização radicalar a partir
dos monômeros metilmetacrilato (MMA) e N,N-dimetilacrilamida (DMA) e caracterizado por
cromatografia por permeação em gel (GPC), espectroscopia de infravermelho (FTIR) e
ressonância magnética nuclear de hidrogênio (RMN1H). A redução da adesão de C. albicans
em moldes de cateter urinário revestidos com PMMDMA foi avaliada por microscopia
eletrônica de varredura (MEV) após a incubação desses moldes com a suspensão fúngica por
48 horas. As cargas de superfície de C. albicans e PMMDMA, o caráter hidrofílico e a
rugosidade do revestimento polimérico foram avaliadas afim de propor os possíveis
mecanismos antiaderentes desse material. PMMDMA e AgNPs foram sintetizados no mesmo
meio reacional, em etapa única, utilizando Irgacure 2959 como agente fotoiniciador da cadeia
polimérica e fotorredutor de nitrato de prata. O nanocompósito PMMDMA-AgNPs obtido foi
caracterizado por FTIR e AFM e as AgNPs por espectrometria de massas (LDI-MS) e quanto
ao diâmetro médio, índice de polidispersão (IP) e potencial zeta. Moldes de cateter urinário
foram revestidos com o nanocompósito sintetizado e incubados por 48 horas com suspensão
contendo um mix de bactérias clinicamente relevantes (Staphylococcus aureus, Klebsiella
pneumoniae e Enterococcus faecalis) para avaliação por MEV de sua eficácia quando
comparado com moldes revestidos com PMMDMA e moldes sem revestimento. Por fim, a
atividade hemolítica do PMMDMA e do nanocompósito PMMDMA-AgNPs foi avaliada após
incubação de moldes de cateter revestidos com esses materiais com uma suspensão de
eritrócitos humanos por 1 h. O copolímero PMMDMA (Mn 48,000 g/mol, Mw 113,000 g/mol,
PDI 2.3) foi obtido com 75% de rendimento. O espectro de FTIR mostrou as principais bandas
de estiramento correspondentes aos grupos funcionais presentes no polímero e por meio do
espectro de RMN1H comprovou-se a obtenção desse produto pela determinação de sua
estrutura química. Em relação ao experimento com C. albicans, foi observada uma redução
expressiva da aderência de fungos nos moldes de cateter revestidos com PMMDMA quando
comparados com moldes sem revestimento, nos quais foram observados a formação de extenso
biofilme. A carga superficial negativa do PMMDMA, seu caráter hidrofílico e superfície lisa
foram demonstradas, sendo consideradas responsáveis pelo mecanismo anti-adesivo desse
material, uma vez que a maioria dos microrganismos apresentam carga superficial negativa
(repulsão eletrostática), tendem a se aderir mais em superfícies hidrofóbicas e rugosas, onde há
maior força de atrito. O nanocompósito PMMDMA-AgNPs foi obtido com 68% de rendimento.
O espectro de FTIR mostrou bandas de estiramento dos principais grupos funcionais presentes
no polímero e pela imagem de AFM foi possível observar AgNPs inseridas na matriz de PMMDMA, sendo determinada a altura de uma delas (50 nm). LDI-MS mostrou a presença de
agregados de íons de prata, confirmando a síntese de AgNPs. O diâmetro médio das AgNPs
determinado por espectroscopia de correlação de fótons foi de 326,00 ± 15,93 nm e IP de 0,24
± 0,04, caracterizando essas como monodispersas. O potencial zeta foi de -23,90 ± 2,39, sendo
considerado interessante, uma vez que contribui para o aumento de cargas negativas na
superfície do material, aumentando sua capacidade repulsiva de microrganismos. Foi
demonstrada redução de bactérias mais significativa nos moldes de cateter revestidos com o
nanocompósito PMMDMA-AgNPs (99,72%) quando comparado aos moldes revestidos apenas
com PMMDMA (94,48%). Nos moldes sem revestimento foram observados extensos biofilmes
bacterianos (100% de contaminação). Além disso, os revestimentos PMMDMA e PMMDMA-
AgNPs mostraram-se seguros no teste de hemólise realizado. Dessa forma, esse estudo
demonstrou a eficácia do revestimento PMMDMA na inibição da formação de biofilme fúngico
e os prováveis mecanismos envolvidos nesse processo; e que a associação de AgNPs à matriz
de PMMDMA é promissora e mais eficaz, uma vez que une propriedades anti-adesiva e
antimicrobiana em um só produto, além de ser de fácil obtenção e economicamente viável.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.2021-01-01T00:00:00ZNanocápsulas de Arteméter : caracterização físico- química, cardiotoxicidade, neurotoxicidade e eficácia na malária experimental.Diniz, Alessandra Teixeira Vidalhttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/174122023-09-12T17:21:58Z2014-01-01T00:00:00ZTítulo: Nanocápsulas de Arteméter : caracterização físico- química, cardiotoxicidade, neurotoxicidade e eficácia na malária experimental.
Autor(es): Diniz, Alessandra Teixeira Vidal
Resumo: Mesmo com o incremento das pesquisas na área e os esforços para sua erradicação, a
malária persiste como um grave problema de saúde no Brasil e no mundo. As pesquisas
recentes na área utilizam estratégias como o rejuvenescimento terapêutico de fármacos
existentes, através de sua associação a nanocarreadores. No presente estudo foram
desenvolvidas e caracterizadas nanocápsulas poliméricas de PCL e PLA-PEG para a
administração intravenosa (IV) de arteméter, um antimalárico lipofílico e com tempo de
meia-vida plasmática curta. As partículas obtidas apresentaram tamanho entre 197 e
296nm, com percentuais de encapsulação superiores a 93%. Sua eficácia antimalárica foi
comprovada frente ao Plasmodium berghei sensível à cloroquina. A toxicidade
cardiovascular aguda induzida pela administração IV do arteméter, fármaco com
potencial arritimogênico, foi avaliada por meio das alterações de pressão arterial (PA) e
ECG, bem como a neurotoxicidade, utilizando-se protocolo de avaliação comportamental.
Dois protocolos foram utilizados para avaliar as alterações cardiovasculares in vivo: doses
únicas e múltiplas de arteméter livre e em nanocápsulas foram administradas pela via IV a
ratos Wistar. As doses únicas de 40 e 80 mg/kg de arteméter livre induziram um
prolongamento do intervalo QT de 19,6 e 32,8%, respectivamente, e de 7,9 e 16,4% para
as nanocápsulas de arteméter nas mesmas doses. Foram observadas hipotensão grave e
bradicardia nos animais que receberam arteméter livre, com reduções na PAS e PAD de
17,8 e 22,2% para a dose de 40 mg/kg e de 41,4% e 49,9% para a dose de 80 mg/kg,
respectivamente. Da mesma forma, após quatro doses de 20 mg/kg, o prolongamento do
intervalo QT foi de 22,7% para o arteméter livre e 5,6% para o arteméter em
nanocápsulas. No protocolo de quatro doses, o arteméter livre induziu aumentos
significativos de PA e frequência cardíaca, com hipertensão e taquicardia importantes. A
encapsulação do arteméter reduziu significativamente todas as alterações na PA e ECG
nos dois protocolos. Embora o arteméter esteja entre os derivados de artemisinina mais
neurotóxicos, este efeito não foi confirmado a partir dos testes comportamentais
realizados em camundongos tratados com quatro doses de 20 mg/kg IV. Em síntese, a
eficácia antimalárica foi mantida e todas as alterações cardiovasculares foram reduzidas
quando o arteméter foi vetorizado em nanocápsulas, indicando a segurança da
associação entre o arteméter e a formulação nanométrica proposta.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.2014-01-01T00:00:00ZAvaliação de síndrome metabólica e determinação de novos pontos de corte para os fatores associados à síndrome em mulheres no climatério.Gouvea, Thiago Magalhãeshttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/173702023-08-28T19:45:43Z2022-01-01T00:00:00ZTítulo: Avaliação de síndrome metabólica e determinação de novos pontos de corte para os fatores associados à síndrome em mulheres no climatério.
Autor(es): Gouvea, Thiago Magalhães
Resumo: Vários fatores desempenham papel no desenvolvimento da Síndrome Metabólica (SM), como variáveis
individuais, ambientais e comportamentais, além do próprio envelhecimento. São poucos os estudos de SM em
mulheres no climatério com dados representativos da população brasileira, especialmente diferenciando os
estágios do envelhecimento reprodutivo. Ainda há indefinição dos melhores pontos de corte para os
componentes individuais e sobre a inclusão de outros componentes ou substituição dos utilizados atualmente.
Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar prevalência da SM em mulheres na fase reprodutiva tardia, transição
menopausal e pós-menopausa e determinar novos pontos de corte para os fatores associados à Síndrome. Para
isto, foram selecionadas 711 mulheres, entre 45 e 60 anos, usuárias do Sistema Único de Saúde de Ouro Preto,
MG. Foram realizadas entrevistas para coleta de dados sociodemográficos e comportamentais; avaliação
clínica, antropométrica e laboratorial. A partir desses dados foram calculados índice de massa corporal (IMC),
relação cintura-quadril (RCQ) e cintura-estatura (RCE), razão ácido úrico/HDLc (AUR/HDL), bem como os
índices de Adiposidade Visceral (IAV), Aterogênico do Plasma (AIP) e de insulino-resistência (HOMA-IR). A
SM foi determinada usando os critérios do National Cholesterol Education Program (NCEP), da International
Diabetes Federation (IDF) e Joint Interim Statement (JIS). Para os fatores associados à SM foram determinados
novos pontos de corte usando a curva ROC. A prevalência de SM no climatério foi de aproximadamente 40%
e maior quando diagnosticada pelo critério JIS e na pós-menopausa (PM) quando comparada aos outros estágios
do envelhecimento reprodutivo (EER). A circunferência de cintura (CC) foi o componente individual mais
alterado, estando muito elevada desde a fase reprodutiva tardia (FRT). Glicemia de jejum (GJ) e triglicerídeos
(TG) foram os componentes que se associaram significativamente aos EER, estando mais alterados em
mulheres na PM. Foram definidos os seguintes pontos de corte para as variáveis associadas à SM em mulheres
no climatério: proteína C-reativa ultrassensível (2,2 mg/L); ácido úrico (5,1 mg/dL); apolipoproteína B (120
mg/dL); insulina (6,22 μUI/mL); porcentagem de gordura corporal (33%); RCE (0,57); RCQ (0,86); IMC
(26,05 kg/m2
); HOMA-IR (1,68); IAV (1,76); AIP (-0,03) e razão AUR/HDL (10,2%). Os fatores
idade/envelhecimento reprodutivo, status menopausal, baixa escolaridade/renda, sedentarismo, multiparidade,
uso de medicamentos, sintomas climatéricos moderados/intensos, obesidade abdominal, inflamação, resistência
insulínica, hiperuricemia, dislipidemia e hipoestrogenismo foram associados à SM. RCE, AIP e insulina foram
os melhores preditores da SM em mulheres climatéricas. IAV, AUR e AUR/HDL apresentaram boa
especificidade e podem ser úteis no acompanhamento de mulheres diagnosticadas com SM. Medidas de
controle da obesidade abdominal antes e durante o climatério e de dislipidemia da FRT à PM podem ser
essenciais para reduzir a prevalência de SM. Além disto, a otimização dos pontos de corte pode auxiliar na
triagem das portadoras da Síndrome, propiciando acompanhamento precoce e consequentemente diminuição
do risco de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus em mulheres no climatério.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.2022-01-01T00:00:00ZEfeitos antiproliferativos e toxicogenéticos da crisina em linhagens tumorais de bexiga com diferentes status do gene TP53.Lima, Ana Paula Bragahttp://www.repositorio.ufop.br/jspui/handle/123456789/163192023-03-09T18:00:04Z2021-01-01T00:00:00ZTítulo: Efeitos antiproliferativos e toxicogenéticos da crisina em linhagens tumorais de bexiga com diferentes status do gene TP53.
Autor(es): Lima, Ana Paula Braga
Resumo: A atividade antitumoral da crisina, flavonoide encontrado no mel, na própolis e na Passiflora
caerulea, tem sido estudada em diversos tipos de cânceres. No câncer de bexiga, seus efeitos
citotóxicos já foram demonstrados, entretanto pouco se sabe sobre seu mecanismo de ação.
Nesse contexto, esse trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos antiproliferativos e
toxicogenéticos e os possíveis mecanismos de ação molecular da crisina em células tumorais
de bexiga com diferentes status do gene TP53 (RT4 – com gene TP53 selvagem; 5637 e T24
– com gene TP53 mutado). As células foram tratadas com diferentes concentrações de crisina
(10, 20, 40, 60, 80 e 100 µM) para análise de citotoxicidade, proliferação celular, sobrevivência
clonogênica, efeito pró-oxidante, efeitos genotóxicos e mutagênicos, alterações morfológicas,
migração celular, cinética do ciclo celular, índice de divisão nuclear, perfil de metilação global e
expressão dos genes SRC, PLK1, HOXB3, mTOR, FGFR3, c-MYC e RASSF1A. Os resultados
mostraram que a crisina foi citotóxica e diminuiu a proliferação celular para as três linhagens
estudadas, provavelmente através da produção de espécies reativas de oxigênio e da indução
de danos no DNA das células. Além disso, a crisina diminuiu significativamente a formação
de colônias e a migração celular nas três linhagens, sendo que nas linhagens com TP53
mutado, esses efeitos foram acompanhados pela diminuição da expressão de HOXB3 e SRC.
A crisina diminuiu a densidade celular de todas as linhagens e alterou a morfologia das
linhagens com TP53 mutado. Além disso, nas linhagens com TP53 mutado, a crisina causou
parada do ciclo celular na fase G2/M, acompanhado pela diminuição da expressão de PLK1.
Nas células RT4 e T24, a crisina aumentou as taxas de apoptose; nas células T24, taxas
significativas de necrose também foram observadas. Nas células 5637, a crisina demonstrou
interferir em eventos epigenéticos, aumentando o padrão de metilação global do DNA.
Ademais, na linhagem T24, a modulação negativa dos genes c-MYC, FGFR3 e mTOR
também parece contribuir para os efeitos antiproliferativos da crisina. Concluindo, a crisina
diminui a proliferação e a migração celular independente do status de TP53 em células
tumorais de bexiga, entretanto, os efeitos sobre a morfologia, cinética do celular e expressão
de genes são dependentes do status de TP53.
Descrição: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.2021-01-01T00:00:00Z